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Filipi Gradim

Rio de Janeiro/RJ

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Experimentando a Liberdade

Liberdade é uma palavra muito associada à arte. Nem me refiro aqui a questões políticas, mas sim ao conceito de que, perante uma tela em branco, uma folha de papel vazia ou um material bruto, seja maleável como a argila ou resistente como o mármore, cada criador visual pode fazer literalmente o que quiser.

O que determina o sucesso da empreitada é a capacidade de cada um lidar com esses recursos, e o grau de risco que se deseja correr nessa jornada criativa. Muitas vezes os maiores limitadores não estão, como se costuma pensar, na sociedade, ou seja, na família, na escola ou no trabalho, mas na capacidade de cada um encontrar a sua linguagem.

Os trabalhos abstratos de Filipe Gradim estão justamente nessa vertente de utilizar a liberdade de ser artista para experimentar, por meio de cores, formas e técnicas, direções do que se deseja dizer. Estamos aí no universo das escolhas individuais, pois ser livre significa justamente abrir-se ao novo, valendo-se do que se acha saber para buscar o que não se conhece.

Ser livre, porém, parece às vezes ser mais fácil no abstrato do que no figurativo. Esse raciocínio é, de certa forma, enganoso. A capacidade de desconstrução no abstrato costuma ser maior na proporção em que se conhece melhor o fazer realista, permitindo reassumir a liberdade de uma criança, que repete ações com a pureza de quem as realiza pela primeira vez.  

 

Oscar D´Ambrosio  

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